Com promessas de auxiliar na cessação do hábito de fumar, o cigarro eletrônico (CE), ao contrário do cigarro tradicional, é um dispositivo que libera substâncias em forma de aerossol ao invés de fumaça. Esta diferença pode ser vista como um benefício, já que seria a combustão do tabaco que faria mal à saúde do usuário.
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Por enquanto, ainda não se pode afirmar que o cigarro eletrônico cause nenhum ou menos dano à saúde quando comparado ao cigarro tradicional, que já é comercializado. Há estudos que apoiam a substituição do cigarro convencional pelo eletrônico para pessoas que não conseguiram deixar o hábito, por não conter substâncias cancerígenas ou possuí-las em menores quantidades. Porém, outros estudos demonstraram que o produto está alcançando jovens não fumantes devido a não divulgação de possíveis danos à saúde e o seu consumo está sendo irresponsável. Além disso, a afirmação de que tal consumo pode ser menos maléfico que o do cigarro tradicional só poderá ser realizada após anos de consumo em massa.
O que se sabe é que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu a comercialização do CE, desde 2009, assim como sua importação e propaganda. Apesar dos estudos ainda não serem conclusivos, a procura e a adesão pelo novo produto estão cada vez maiores nos Estados Unidos, por tabagistas e não tabagistas. O motivo seria provavelmente pela:
1. divulgação inadequada, pelas indústrias produtoras de CE, da inocuidade do produto, o que atrai principalmente jovens; ou
2. pelo seu design moderno, que pode ser de fácil transporte e personalizado; ou
3. pelo seu valor ser menor, comparado a um longo tempo de compra dos cigarros tradicionais; ou
4. pelos seus sabores diferenciados, derivados de extratos de menta, de chocolate, de café, de baunilha ou de frutas, variando conforme a marca.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) já informou que o CE possui menos substâncias tóxicas, mas ainda há preocupação sobre seu consumo à longo prazo, sua variedade e os aditivos que são adicionados ao produto para dar diferentes sabores. Desta forma, o recomendado é esperar mais dados específicos que garantirão a segurança do consumo do CE e, principalmente, a autorização pelo órgão fiscalizador ANVISA.
Referências Bibliográficas:
https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/150720/001008299.pdf?sequence=1