As crianças e os bons hábitos alimentares

Obesidade, hipertensão, colesterol elevado e índices glicêmicos preocupantes já não são mais exceções nos consultórios pediátricos.

Muitos fatores contribuem para esse cenário, entre eles a vida atribulada dos pais, a maior oferta dos coloridos produtos industrializados – ultraprocessados –; dos lanches de fast food “recheados” com brinquedos; o excesso de tempo gasto em frente à TV ou das brincadeiras eletrônicas; e até mesmo a preocupação com a segurança, que acaba por confinar as crianças dentro de casa e limitar as atividades ao ar livre.

Diferente do que acontecia nos tempos de nossos avós e, em alguns casos, até de nossos pais, quando a base alimentar ainda tinha como prioridade o “arroz com feijão”, e mesmo as sobremesas eram mais “frescas”, à base de frutas, de um tempo para cá aumentou muito a presença de produtos industrializados. Aliados ao sedentarismo, à falta de atividades físicas e à comodidade da tecnologia, eles são os principais responsáveis pela fragilização da saúde, não só dos adultos, mas, principalmente, das crianças.

Um passo depois do outro

O Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 Anos, elaborado pelo Ministério da Saúde é um documento pensado não só para ajudar as famílias, mas também para fornecer instrumentos aos profissionais de nutrição, além de orientar as ações públicas que apoiam, protegem e promovem a saúde e segurança nutricional nos primeiros e mais importantes anos de vida.

Aqui está um pequeno resumo dele:

● a amamentação deve ser exclusiva até o sexto mês de vida do bebê, e continuar, ao lado da introdução alimentar, se possível até os 2 anos;

● depois dos 6 meses, a dieta deve ser complementada com alimentos “in natura”, ou minimamente processados;

● água potável é prioridade, no lugar de sucos, refrigerantes e bebidas açucaradas;

● não oferecer açúcar nas preparações até que a criança complete 2 anos de idade;

● ultraprocessados devem ser evitados sempre, principalmente na dieta infantil;

● converse com a criança durante as refeições, dê nome aos alimentos e, quando ela balançar a cabeça mostrando que não quer mais, respeite a sua vontade;

Comer bem é gostoso e faz bem à saúde.

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