A tireoide é uma glândula muito pequena, não mede mais do que 5cm, mas a sua importância é inversamente proporcional ao seu tamanho: ela é fundamental para o funcionamento regular de alguns dos principais órgãos do corpo humano – cérebro, coração, fígado e rins.
Isso se dá através da produção adequada dos hormônios da tireoide. O T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tetraiodotironina), hormônios secretados pela tireoide, circulam pela corrente sanguínea, ajudando as células a transformar oxigênio, glicose e calorias em energia. Quando a produção está desregulada, o excesso de hormônios é o responsável pelo hipertireoidismo.
Causas do hipertireoidismo
● A Doença de Graves, condição autoimune, é a principal causa do hipertireoidismo. O distúrbio interfere no sistema imunológico e estimula a produção de anticorpos específicos. Ao ser atacada por esses anticorpos, a tireoide responde com a distribuição e circulação de mais hormônios.
● A Doença de Plummer, também conhecida como bócio multimodular tóxico, se caracteriza pela presença de múltiplos e pequenos nódulos. Alguns deles podem também produzir hormônios tireoidianos em excesso, levando, portanto, ao hipertireoidismo.
● A tireoidite, inflamação da tireoide, de origem viral, ou autoimune, como a tireoidite linfocítica silenciosa (geralmente transitória, após o parto) e a tireoidite crônica de Hashimoto é outra provável causa da produção desordenada dos hormônios.
● A presença anormal de T3 e T4, no entanto, pode ser o resultado, também, do excesso de iodo na dieta, da presença de outros nódulos tóxicos na glândula, pela ingestão de determinados medicamentos, ou até mesmo pela ingestão desequilibrada de hormônios durante o tratamento do hipotireoidismo.
● Finalmente, e mais raramente, o hipertireoidismo pode ser consequência da hipófise hiperativa.
Sinais de alerta
Principais sintomas característicos do hipertireoidismo são:
● nervosismo, irritação frequente, insônia, perda de apetite;
● sensação dolorida na movimentação dos olhos, sensibilidade à luz, olhos vermelhos e saltados;
● funcionamento irregular do intestino;
● irregularidade menstrual;
● alteração do ritmo cardíaco;
● insônia;
● fraqueza muscular;
● queda de cabelos;
● perda de cálcio nos ossos;
● perda de peso;
● calor e suor excessivos.
Assim como a maioria das doenças da tireoide, o hipotireoidismo é mais comumente diagnosticado em mulheres, sobretudo na faixa etária entre 20 e 50 anos. Em caso de suspeita, procure logo a orientação do Cirurgião de Cabeça e Pescoço.
A partir das queixas do paciente e da avaliação clínica, o especialista também levará em conta a dosagem hormonal apontada pelos exames laboratoriais.
Por conta dos sintomas severos e pelo risco que a doença traz para metabolismo em geral, com especial atenção às doenças cardíacas, o atendimento médico especializado é essencial para o controle rápido e eficaz do hipertireoidismo.