Não existe milagre: o cigarro faz mal à saúde e o cigarro eletrônico, “vendido” como solução para quem não consegue abandonar o vício, traz ainda mais prejuízos.
Além dos riscos conhecidos, como o câncer, as doenças cardiovasculares e a síndrome respiratória aguda grave, os dispositivos que se dizem alternativos ao cigarro tradicional ainda podem provocar envenenamento, convulsão, traumas e queimaduras.
Existem vários tipos e formatos dos chamados Dispositivos Eletrônicos para Fumar, mas, independente das suas características individuais, todos têm em comum a concentração de substâncias tóxicas – tabaco, níquel, metais pesados e nicotina em níveis muito mais altos do que os do cigarro convencional -, “camufladas” pelo design atrativo e por sabores de frutas, hortelã e até refrigerante.
Por trás dessa aparência inofensiva, os cigarros eletrônicos não eliminam o vício e os prejuízos do cigarro tradicional e ainda trazem mais um perigo: enquanto os riscos das doenças provocadas pelo cigarro convencional levam anos para se agravar, com os dispositivos eletrônicos isso pode acontecer com uma velocidade muito maior.
A Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proíbe, desde 2009, a comercialização, a importação e a propaganda dos cigarros eletrônicos. Em maio de 2022, representantes das principais entidades médicas divulgaram um documento com informações atualizadas sobre os males desses dispositivos e reforçaram a manutenção das restrições.
O tabagismo é uma doença e deve ser tratada como todas as outras, com a ajuda do seu médico de confiança.
Entre o cigarro convencional e o cigarro eletrônico, fique com nenhum dos dois, fique com sua saúde.