A rotina da reposição hormonal

Apesar de ser um órgão pequeno – entre 1 e 1,5 cm nas mulheres e 1,2 a 1,8 cm nos homens – a tireoide é essencial para o bom funcionamento do metabolismo e de grande parte dos órgãos do corpo humano.

Algumas doenças, no entanto, podem exigir a retirada total da glândula, em um procedimento chamado tireoidectomia, como, por exemplo, quando há suspeita de nódulos malignos – diagnóstico determinado pelo Cirurgião de Cabeça e Pescoço, com suporte de exames específicos.

A retirada da tireoide também pode ser indicada quando ela está muito aumentada, a ponto de interferir na deglutição e/ou respiração, ou quando, por algum motivo, o paciente não responde adequadamente ao tratamento clínico.

Por outro lado, o paciente, mesmo tendo a glândula preservada, ainda pode apresentar algum distúrbio que afete a adequada produção hormonal.

Nesses casos, os hormônios produzidos pela glândula são substituídos por versões sintéticas, através de medicamentos.

A terapia de reposição hormonal, seja ela permanente – no caso da tireoidectomia – ou como suplementação corretiva, não tem efeitos colaterais ou causa qualquer prejuízo à saúde. Mas, tão logo seja prescrita, o paciente deve seguir rigorosamente as orientações do Cirurgião de Cabeça e Pescoço.

Cuidados a serem tomados

Uma vez que os hormônios são essenciais para a maior parte das funções vitais do nosso corpo, o tratamento deve ser rigorosamente cumprido, observando alguns cuidados especiais:

● antes de prescrever a medicação, o profissional sempre pergunta ao paciente sobre doenças pré-existentes, ou o uso de outras medicações. Não esqueça de mencioná-los, incluindo os de uso eventual, com venda livre. Da mesma forma, em caso de gravidez durante o tratamento, procure logo a orientação médica para que sejam feitos os ajustes necessários;

● o medicamento de reposição hormonal deve ser tomado rigorosamente, todos os dias, sem esquecimento;

● para que o hormônio sintético seja absorvido adequadamente pelo organismo, o paciente deve tomá-lo em jejum, nunca junto com outros medicamentos, e permanecer assim por no mínimo 40 minutos antes de se alimentar ou ingerir outros remédios de rotina;

● nunca interrompa o tratamento sem orientação médica;

● respeite as doses indicadas para o seu tratamento e faça os retornos de consulta regulares de acompanhamento contínuo;

● evite trocar a marca do medicamento. Alguns deles podem apresentar concentrações diferentes e, mesmo que sejam mínimas, isso pode interferir no equilíbrio hormonal;

● quando for necessária a realização de exames laboratoriais para acompanhamento de dosagem hormonal e do tratamento, suspenda o uso do medicamento, conforme a orientação do médico ou do laboratório. Leve o comprimido e, assim que a coleta terminar, tome como de costume, mantendo o jejum por 40 minutos.

Os distúrbios da tireoide afetam quase 2 bilhões de pessoas no mundo todo. No Brasil, o levantamento mais recente estimou que cerca de 15% da população acima de 45 anos sofre de alguma alteração da glândula. A combinação de diagnóstico precoce, com a tireoidectomia quando necessária, e os hormônios sintéticos, são importante conquista da medicina, que proporciona saúde e qualidade de vida.

É possível ter uma vida longa e saudável, mesmo sem a tireoide: fique atento aos sintomas e, a qualquer sinal de anormalidade, consulte o seu médico e siga o tratamento recomendado. Uma vez inserido na rotina, ele será simples e efetivo.

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