Atenção aos sinais

Alguns sinais ou sintomas, assim que se manifestam, nos encaminham diretamente ao consultório médico ou ao pronto atendimento, como, por exemplo, dor súbita ou febre. Outros, no entanto, apesar de importantes sinais de alerta, costumam passar despercebidos e até mesmo confundidos com alguma coisa passageira.

O cansaço excessivo, a constante sensação de sonolência, desânimo e melancolia, esquecimentos e falhas de memória são associados, na maioria das vezes, à vida atribulada, cheia de compromissos, simplesmente como resultado do estresse do dia a dia. Ganho súbito de peso? “Ah, ando comendo demais!” O intestino está “preguiçoso”, funcionando irregularmente, o índice do colesterol se alterou repentinamente? De novo, a culpa é da dieta.

Sim, isso tudo faz sentido, mas, por outro lado, podem ser sinais e sintomas de uma condição não muito rara, sobretudo entre as mulheres – o hipotireoidismo.

O que é o hipotireoidismo?

A tireoide, glândula localizada logo à frente da região inferior do pescoço, é responsável por liberar hormônios essenciais para o funcionamento do organismo. Quando, por alguma razão, esses hormônios – conhecidos como T3 e T4 – deixam de ser produzidos e liberados adequadamente, o metabolismo fica mais lento e a atividade cerebral diminui.

Incidência e outros sintomas

O hipotireoidismo se manifesta mais comumente na população adulta, sobretudo após os 60 anos. Além dos sintomas aparentes, mencionados acima, também é preciso estar atento a outras manifestações, como:

● pele, cabelo e unhas mais fracos e ressecados;

● dores musculares e câimbras frequentes;

● intolerância ao frio;

● formigamento nas mãos;

● menstruação irregular.

Hipotireoidismo infantil

O hipotireoidismo entre as crianças, apesar de relativamente raro (a incidência é de um caso diagnosticado a cada quatro mil recém-nascidos), pode trazer consequências sérias, sobretudo no desenvolvimento cerebral. Por conta desse risco, a doença faz parte da triagem neonatal, no teste do pezinho. O exame deve ser realizado entre o terceiro e o sétimo dia de vida do bebê.

Nos casos em que a doença for diagnosticada, o tratamento deve ser imediatamente prescrito e rigorosamente acompanhado pelo Cirurgião de Cabeça e Pescoço, garantindo assim que a criança tenha seu desenvolvimento físico e cognitivo normal e saudável.

Causas

As causas do hipotireoidismo podem estar ligadas ao consumo de iodo: apesar desse elemento diminuir drasticamente a ocorrência da doença – tanto que sua adição ao sal foi adotada por lei na década de 1950 – o consumo excessivo também pode ser a sua causa. Mais raramente, o hipertireoidismo tem como origem a síndrome de Hashimoto, uma doença autoimune.

Tratamento

Tão logo seja diagnosticado, o tratamento do hipotireoidismo se dá através da reposição do hormônio tireoidiano na forma sintética, na dosagem estipulada pelo Cirurgião de Cabeça e Pescoço.

Em geral, mas principalmente em idosos, a terapia começa com doses menores, gradativamente elevadas conforme determinado pelo detalhado acompanhamento médico.

Hipotireoidismo e depressão

Desânimo, fraqueza, tristeza, cansaço e alterações do sono são sintomas muito abrangentes: podem ser um sinal de depressão, de hipotireoidismo e, não raro, das duas condições juntas. Um levantamento da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia observou que cerca de 30% dos pacientes com depressão também sofrem de hipotireoidismo e, do lado contrário, por volta de metade dos pacientes com hipotireoidismo apresenta um quadro de depressão.

Por isso, é muito importante não desprezar qualquer sintoma e, nesses casos, procurar logo a orientação multidisciplinar – do Cirurgião e Cabeça e Pescoço e do Psiquiatra.

Nas situações em que as duas doenças se manifestam ao mesmo tempo, junto com a prescrição de reposição hormonal e dos medicamentos para controlar a depressão, o paciente deve ser estimulado a adotar um estilo de vida saudável, com atividades físicas, alimentação balanceada e, a critério médico, a suplementação de vitaminas e minerais

Nenhum sintoma ou desconforto deve ser desprezado. A qualquer sinal de incômodo, seja ele qual for, não hesite em procurar a orientação médica. Pode não ser nada grave, mas de qualquer forma, seja o que for, sempre há uma solução para deixar a vida e a rotina leve e feliz. E, se for uma condição mais séria, se logo diagnosticada, o tratamento será mais eficaz e tranquilo.

Saúde, sempre em primeiro lugar!

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