Ele representa 1% do tamanho de toda a massa encefálica, pesa, em média, apenas 5 gramas, mas tem uma importância fundamental para o equilíbrio e a estabilidade funcional de todos os órgãos, um fenômeno conhecido como homeostase: estamos falando do hipotálamo, uma pequena região do cérebro, mais especificamente do diencéfalo, localizada logo acima da hipófise, considerado o elo integrador entre o sistema endócrino e o sistema nervoso.
Quais as funções do hipotálamo?
O ritmo circadiano, mais conhecido por “relógio biológico” – mencionados aqui antes -, é o fenômenos que comanda e coordena as principais funções biológicas, como o sono e a vigília e o controle da sede e da fome.
Além deles, a hipófise também é responsável pela:
• termoreegulação, ou a manutenção da temperatura corporal e das sensações de frio e calor;
• a pressão arterial;
• a absorção e eliminação de água através dos rins;
• a contração uterina e produção de leite pelas glândulas mamárias;
• as atividades sexuais e de reprodução;
• as demonstrações de emoção – raiva, medo, alegria – através de reações físicas, como sudorese, taquicardia, lágrima e tremores.
Hormônios do hipotálamo
Todas essas atividades da hipófise acontecem estimuladas por seus hormônios:
• TRH, hormônio liberador de tireotropina que, indiretamente, estimula a produção do TSH, que, por usa vez, controla a produção dos hormônios da tireoide – o T3 e o T4;
• GHRH, hormônio estimulante do crescimento;
• GHIH, hormônio inibidor do crescimento;
• oxitocina, hormônio regulador das emoções e responsável por estimular a lactação e contrações do útero;
• dopamina, hormônio inibidor da prolactina.
Doenças do hipotálamo
Assim como os hormônios do hipotálamo são os responsáveis pela homeostase, o equilíbrio saudável das funções dos diversos órgãos do corpo humano, a produção desordenada desses hormônios, síndrome conhecida por hipopituitarismo, pode desencadear alguns sintomas e doenças:
• produção excessiva de prolactina está relacionada à perda de libido, irregularidades menstruais, infertilidade e alterações ósseas;
• liberação excessiva ou inadequada dos hormônios do crescimento, que podem levar ao gigantismo ou ao nanismo.
• produção excessiva do hormônio ACTH, causadora da Doença de Cushing, que tem como sintomas característicos a obesidade do tronco e braços, pernas finas, face em formato de lua e maior sensibilidade para hematomas.
Por sua veza, a causa primária da produção desordenada de hormônios está relacionada à presença de tumores no hipotálamo, processos inflamatórios ou traumatismo craniano.
Complexidade
Grandes avanços da medicina, em paralelo à evolução da tecnologia, têm permitido entender melhor toda a complexidade do encéfalo – como a compreensão da importância do hipotálamo. E é lá, no nosso cérebro, que reside o que somos.